Depressao, ou transtorno depressivo, é uma doença que freqüentemente está associada à incapacitação funcional e comprometimento da saúde física. Estimativas apontam que em 2020 será segunda maior causa de incapacidade. Também conhecido como depressao unipolar ou depressão maior.
Depressão é uma doença que afeta o sistema nervoso central, interferindo na emoção, percepção, pensamento e comportamento do indivíduo, causando grande sofrimento emocional e prejuízos para vida pessoal, social e profissional.A depressão não é simplesmente um momento de tristeza, algo normal para todas as pessoas. É um estado que realmente interfere no próprio organismo e nas relações do indivíduo com o trabalho, lazer e família.
Diversos fatores combinados estão associados ao desenvolvimento de um episódio depressivo:
Fatores genéticos: Presença de genes relacionados a mal funcionamento de circuitos cerebrais relacionados a adaptação ao estresse e percepção de prazer. Fatores ambientais: Exposição a poluentes pode estar relacionado a um aumento da predisposição à doença. Fatores relacionados a outras condições clínicas: Outras doenças e distúrbios podem precipitar episódios depressivos como alterações hormonais, infecções, tumores e medicamentos. Uso de drogas. Fatores psicológicos: Traumas de infância, separações, perda de pessoas queridas e estresse duradouro. A combinação destes fatores leva um desequilíbrio nos neurotransmissores, as substâncias de comunicação entre os neurônios do sistema nervoso.
Os sintomas da depressão envolvem diversos aspectos do indivíduo, desde funções fisiológicas, passando pelo seu estado de humor até o comportamento social.De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DMS IV), os sintomas são:
.Sentimentos persistentes de tristeza, angústia ou de vazio.
.Perda de interesse ou prazer nas atividades, incluindo sexo.
.Sentimentos de culpa, desesperança ou pessimismo.
.Irritabilidade ou perda de paciência.
.Cansaço, fadiga ou falta de energia.
.Dificuldades de concentração ou para lembra de pequenos detalhes.
.Dificuldade de tomar decisões, insegurança.
.Insônia, sono fragmentado ou sono não restaurador.
.Sonolência diurna.
.Excesso ou redução do apetite.
.Pensamentos sobre suicido.
.Dores persistentes que não melhoram com o tratamento. Incluindo dores de cabeça, pelo corpo e no estômago.
O diagnóstico do transtorno depressivo é realizado pelo médico, em especial o médico psiquiatra por meio de uma consulta clínica detalhada.
Durante a consulta, por vezes, é necessária a presença dos familiares para auxiliar o diagnóstico.
Também são utilizados exames para subsidiar o diagnóstico, esclarecendo sobre complicações clínicas e outras doenças associadas. Estes exames são solicitados de acordo com o critério clínico de forma personalizada para cada caso, mas alguns podem ser citados por serem os mais comuns:
.Hemograma completo.
.Glicose, uréia e creatinina.
.Dosagens hormonais.
.Dosagens de eletrólitos.
.Sorologia para sífilis.
.Sorologia para HIV (com o consentimento do paciente).
.Tomografia computadorizada de crânio.
.Eletroencefalograma.
O tratamento do transtorno depressivo deve ser feito pelo médico, em especial pelo psiquiatra.O transtorno depressivo ou depressão é uma doença que pode ser tratada com grande eficiência, apresentando respostas acima de 85%. O tratamento da depressão é feito com medicamentos chamados de antidepressivos, que agem no sistema nervoso central restaurando o equilíbrio dos circuitos e dos neurotransmissores.
Estes medicamentos NÃO causam dependência, mas só podem ser comprados por meio de receituário médico, por serem substâncias com ação no sistema nervoso central.
Dentre os medicamentos antidepressivos mais comumente empregados estão:
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina:
.Fluoxetina, Paroxetina, Fluvoxamina, Sertralina, Citalopram e Escitalopram.
.Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina: Venlafaxina e Duloxetina.
.Inibidores de recaptação de dopamina e noradrenalina: Bupropiona.
.Antagonistas seletivos de noradrenalina e serotonina: Mirtazapina.
.Tricíclicos: Amitriptilina, Nortriptilina, Clomipramina e Imipramina.
.Inibidores da monoaminoxidase: Moclobemida.
Em casos graves, onde existe necessidade de resposta mais rápida, como é o caso de pensamentos suicidas persistentes, o médico pode prescrever a eletroconvulsoterapia (ECT). A ECT é um procedimento indolor, feito sob anestesia, com recuperação rápida (menos de uma hora, o paciente retorna para casa).
Muitas vezes o médico psiquiatra, também recomenda que o paciente faça psicoterapia, conduzida por psicólogo, que quando associada ao tratamento medicamentoso apresenta muitos benefícios, ensinando o indivíduo a se compreender melhor, desenvolver estratégias para lidar com estresse e com outras questões pessoais.
A depressão é uma doença que pode causar danos a gestante e ao seu bebê, portanto merece atenção do médico. Os tratamentos com Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina foram classificados pela Agência de Regulação de Medicamentos Americana (FDA) como categoria B, ou seja “Não há evidências de risco para seres humanos, mas estudos adicionais devem ser desenvolvidos”.A conclusão é de que o médico deve ponderar entre os riscos e benefícios, escolher um tratamento com riscos mínimos para a gestante e seu bebê.
JalvesR disse...
Como é dito no texto, a depressão está cada vez mais presente no nosso mundo, sendo assim, é bom colocar informações e dicas sobre ela.
Fonte: DEPRESSÃO: Tudo o que você precisa saber.
Disponível em: <http://saudedofuturo.wordpress.com/2008/05/30/tudo-sobre-depressao-sintomas-tratamentos/ >
Acesso em: 08 Junho 2009 às 15h10min